GÊNERO: romance | FORMATO: 14X21 | ANO: 2021 | PÁGINAS: 168 | Pólen soft 80
SINOPSE: Acuri não foi escrito para quem considera a introspecção confusa e autocentrada da boemia intelectual o ápice da experiência humana. Acuri não é beat, não é bourgeois, não é blasé. Não ouvimos aqui os espasmos de quem se afoga na modernidade líquida. No Vale do Acuri, até os marginais estão enraizados nesse não sei quê perceptível apenas nos rincões mais inauditos do Brasil profundo. Cláudio Nascimento conseguiu a façanha de deixar-se guiar pela nostalgia sertaneja sem descambar em moralismo raso, em delírios saudosistas ou em platitudes ideológicas; falou do Espírito sem lançar mão de fórmulas vazias; lembrou as agruras da vida e o amor sem dar vazão à sentimentalidade estéril; resgatou Guimarães Rosa e García Márquez sem ser vitimado pela epigonia. [...] Acuri é uma obra forte, daquelas que se propõem com ousadia à contradição de falar sobre o inefável, sobre aquilo que está além das fronteiras da língua e que por isso mesmo escapa ao pensamento desencantado e reducionista. E o autor o faz com o único recurso adequado à tarefa: a experiência genuinamente estética, que põe em movimento o ser inteiro de uma vez, cabeça e coração. Esse efeito, como o leitor terá a sorte de constatar por si próprio, brota principalmente dos personagens, construídos com maestria ímpar. Eles nos ensinam muito, sim; contudo, antes de mais nada, nos cativam imensamente. [Guilherme Kubiszeski]
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Etiquetas: Castiçal